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O ENDIVIDAMENTO

Querido leitor (e leitora),

Se nada na vida é preto no branco, 100% bom ou mau, precisamos começar a olhar para o endividamento da mesma forma.

“Dívida é igual ao colesterol: tem o bom e o ruim”, segundo me escreveu um leitor na semana passada.

A frase traduz o espírito do que quero falar aqui sobre o crédito, por um simples motivo: o problema não é se endividar, e sim fazer isso de uma forma impensada e usar o tipo de crédito errado para isso.

Quer um exemplo? O cheque especial, como falamos na semana passada. Ele não foi feito para financiar o consumo sem ter prazo para pagar. O seu objetivo, na realidade, é trazer um crédito prático e rápido para usar em emergências e pagar em poucos dias. Se você usar o seu limite desta forma, não existe problema – você não chega a conhecer os tais juros de 200% ao ano.

Para ajudar, então, montei um pequeno guia com as principais formas de endividamento disponíveis no mercado. Segue abaixo.

Cheque especial e cartão de crédito

Quanto mais fácil for de conseguir o dinheiro extra, mais caro ele é. Com as taxas de 200% ao ano, se você ficou com R$ 1.000 no cheque especial, ao fim de um ano sua dívida disparou e pulou para R$ 3.000. Por isso, não fique no vermelho por muito tempo, pois a sua situação pode ficar bem difícil.

Quanto ao cartão, ele é perigoso por ser tão fácil perder o controle e parar de acompanhar os gastos. Então não use o cartão ou o limite do cheque especial como um complemento para os seus gastos. O cheque especial é para dívidas curtas e o cartão, para organizar as despesas ao longo do mês.

Crédito pessoal

É uma opção mais barata para conseguir um empréstimo no banco, mas você tem que pesquisar. Segundo a Anefac, hoje em dia a taxa de juros do crédito pessoal em bancos está em 3% ao mês (50% ao ano). Ainda é alta, mas já faz uma diferença.

Na maioria das vezes, o banco vai pedir uma garantia, como uma carteira assinada, para comprovar que você recebe salário. O prazo de pagamento varia e pode chegar até 24 meses, então você pode tentar buscar um empréstimo que faça maior sentido para você. O mais importante é saber qual taxa de juros vai pagar e não atrasar os pagamentos, para evitar juros ainda maiores.

Atenção aqui: fuja das financeiras, pois as taxas de juros costumam ser muito mais altas. E um cuidado na hora de tomar crédito pessoal é pedir ao banco para cancelar o seu cheque especial. Assim você não cai na ciranda de usar o cheque especial antes de pagar todo o financiamento.

Crédito consignado

Imagine tomar um empréstimo e não ter o trabalho de pagar parcela a parcela, pois ela já é descontada do seu salário no fim de cada mês. Isto é o crédito consignado.

O limite é calculado com base no seu salário e uma vez que a segurança do banco é maior, já que o pagamento está garantido, as taxas de juros são menores. Para você ter uma ideia, elas ficam no patamar de 2% ao mês (27% ao ano).

Financiamento de automóveis

O mesmo vale para a compra de um carro. Você pode escolher entre fazer o financiamento na concessionária (mas aí você tem taxas adicionais) ou então ir direto ao banco, o que é normalmente mais barato. Segundo a Anefac, a taxa média de juros deste tipo de dívida está em 1,8% ao mês (24% ao ano).

Financiamento Imobiliário

Se você vai comprar uma casa, o melhor é ir direto ao financiamento imobiliário. Este tipo de dívida tem uma das menores taxas do mercado, abaixo de 1% ao mês, o que vira algo entre 8% e 12% ao ano, mais TR (Taxa Referencial). Por que isso? Como você deixa a casa como garantia, o banco consegue reduzir a taxa.

Assim, para cada necessidade, você encontra uma opção de crédito adequada. O essencial é pesquisar as taxas de juros, negociar o prazo e entender qual é o CET (custo efetivo total) da operação, para ter clareza de qual é o custo total da dívida.

Nas próximas semanas vamos falar sobre como sair do endividamento e a hora certa de usar o crédito, por isso continue acompanhando O Site Movido De Amor.

Um grande abraço,